Um dia comi na casa da Mô um antepasto de berinjela igual a que a minha vó fazia. Peguei a receita com a Mô e já fiz várias vezes. É sempre um sucesso nos jantares. Mas o maior fã dela é um amigo meu, vegetariano aqui da agência. E hoje de manhã eu trouxe um pouquinho pra ele.
Olha o email animado que eu recebi.
P.S: Berinjela no Brasil se escreve com j, aqui com g. E com o acordo ortográfico como ficou?
quarta-feira, 25 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Tempo livre
Me lembro da minha mãe sempre “gastar” as horas vagas cozinhando. Me lembro de todo mundo lá em casa encher o saco dela: “Por que você vai inventar de fazer isso agora? Por que não vem assistir um filme na sala?” Era sempre assim, ela gostava de inventar coisas na cozinha. Sempre fazia um bolo no domingo à tarde, uma torta ou um rocambole. Estava sempre cozinhando, por obrigação e por prazer.
Mas estou contando isso porque quanto mais o tempo passa, mais me pareço com ela. Este fim de semana foi o primeiro, depois de muito tempo, que eu não tinha nada que pensar. Nenhum trabalho pendente, nada. E eu tive a ideia de fazer pizza para sábado à noite. O sábado amanheceu lindo e nós decidimos ir para a praia. Mas eu queria fazer a massa da pizza antes. Enfim, apareceram vários contratempos. Não achamos o fermento na padaria de costume. Fiz o Rafa procurar em mais 2 lugares e nada. Então pegamos o carro e fomos num supermercado comprar. Perdemos muito tempo, porque tinha filas enormes. O Rafa ficou nervoso porque já era 1 da tarde e eu ainda nem tava de biquini. Enfim, o maior stress por causa de uma pizza no fim do dia.
No final, fomos para praia (a que eu mais gosto aqui por sinal) e eu nem consegui preparar a massa antes. Mas quando chegamos em casa, comecei todo o processo, e as pizzas ficaram prontas umas 10 da noite. Fui dormir cansada e feliz.
E no domingo acordei cedo para adiantar o almoço que ia fazer para 2 amigos. Ou seja, passei o meu primeiro fim de semana tranquilo às voltas com a cozinha. Tô ficando mesmo cada vez mais parecida com a D. Cleusa.
Mas estou contando isso porque quanto mais o tempo passa, mais me pareço com ela. Este fim de semana foi o primeiro, depois de muito tempo, que eu não tinha nada que pensar. Nenhum trabalho pendente, nada. E eu tive a ideia de fazer pizza para sábado à noite. O sábado amanheceu lindo e nós decidimos ir para a praia. Mas eu queria fazer a massa da pizza antes. Enfim, apareceram vários contratempos. Não achamos o fermento na padaria de costume. Fiz o Rafa procurar em mais 2 lugares e nada. Então pegamos o carro e fomos num supermercado comprar. Perdemos muito tempo, porque tinha filas enormes. O Rafa ficou nervoso porque já era 1 da tarde e eu ainda nem tava de biquini. Enfim, o maior stress por causa de uma pizza no fim do dia.
No final, fomos para praia (a que eu mais gosto aqui por sinal) e eu nem consegui preparar a massa antes. Mas quando chegamos em casa, comecei todo o processo, e as pizzas ficaram prontas umas 10 da noite. Fui dormir cansada e feliz.
E no domingo acordei cedo para adiantar o almoço que ia fazer para 2 amigos. Ou seja, passei o meu primeiro fim de semana tranquilo às voltas com a cozinha. Tô ficando mesmo cada vez mais parecida com a D. Cleusa.
sábado, 21 de março de 2009
Farofa
A maioria dos cinemas aqui tem lugar marcado. O que parece legal porque você não precisa ficar na fila. Mas se torna uma coisa chata porque as pessoas não são flexíveis à idéia de mudar de lugar. Teve uma vez que nós entramos com McDonalds no cinema. Eu sei, é a maior farofa, o cheiro é péssimo. Por isso, a nossa idéia era sentar num lugar isolado, mas o cinema estava cheio. Sentamos no lugar marcado, na terceira fila, quase grudados na tela. Só que a única fila onde poderíamos comer nosso lanche sossegados seria na primeira. Quando as luzes apagaram, pegamos nossa farofa e fomos para lá. Antes de poder dar a primeira mordida na batatinha, uma mulher chegou e disse que eu estava sentada no lugar dela. Detalhe: a fila toda estava vazia!! Tudo bem, pulei 3 cadeiras pro lado. Passo ketchup no McChicken, tiro a coca do saquinho e aí vem a lanterninha. Ilumina o Rafa e eu com a farofa toda na mão e diz: O lugar de vocês não é aqui, pois não? Eu olhei para a mulher quase com lágrimas nos olhos e mostrei pra ela o nosso lugar (que era muito melhor do que o que a gente estava) e disse que a gente preferia sentar onde estávamos, e se tudo bem pra ela. Ela deixou, mas nos avisou que da próxima vez pedíssemos na bilheteria. Depois de iluminada com a farofa toda na mão, depois de tomar bronca na frente do cinema inteiro, pode acreditar que as minhas expectativas com o filme aumentaram muito.
terça-feira, 17 de março de 2009
Joselitagem
Hoje peguei o jornalzinho publicitário daqui (um tipo de Meio e Mensagem) com a cara estampada dos 3 diretores top da McCann escrito demitidos embaixo. Fiquei chocada! Imagine isso no Brasil! A cara do Tomás Lorente e um demitido embaixo. Que puta falta de noção. Mas o mais engraçado da história é que na matéria está escrito assim:
"Até o fecho desta edição não foi possível averiguar se a demissão partiu daqueles profissionais ou foi imposta pela agência"
hã?
"Até o fecho desta edição não foi possível averiguar se a demissão partiu daqueles profissionais ou foi imposta pela agência"
hã?
sábado, 14 de março de 2009
Não acostumo
Todas as vezes que a professora de yoga fala para colocar as mãos nos "nadegueiros", eu perco a concentração e desmancho o ásana com vontade de rir.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Toda espécie
Morar num prédio antigo aqui é uma experiência diferente. Como são poucos apartamentos (só 4 andares) você fica sabendo da vida de todo mundo. No térreo mora uma mulher doente com uma enfermeira. Eu sempre cruzava com uma mulher simpática que me cumprimentava com muita dificuldade de falar. Sempre pensei que esta fosse a mulher doente, mas na verdade ela é a enfermeira da velhinha que não sai mais do apartamento há anos. No rés-do-chão mora a famosa D. Madalena, a primeira que conheci no prédio. No 2º andar mora esporadicamente um músico drogado (segundo D. Madalena). A casa é da mãe dele. No terceiro andar mora o casal boitatá que não trabalha e só fica em casa escutando música no último volume. O Rafa já teve que descer às 6 da manhã para pedir para desligar ou abaixar o Iron Maiden que estava tocando. Ultimamente, nós só batemos o pé com força e eles diminuem o som. Do nosso lado, mora a nova dona do nosso apartamento. Uma solteira simpática, bem sucedida e muito rica.
O nosso prédio é uma amostra de quase toda a espécie que existe em Lisboa. De baixo pra cima: A viúva, a velhinha doente, o solteiro drogado, o casal boitatá, a bem sucedida e o casal de imigrantes brasileiros. Só falta o casal classe média com 3 filhos.
E há alguns dias, descobri que no primeiro andar funcionava um asilo! Vimos retirarem do apartamento (gigante por sinal) umas camas velhas e umas cadeiras de roda. D. madalena nos explicou o que se passava.
Comparando com o prédio de solteiros, tipo o seriado Melrose, que eu morava em Moema, esse aqui tá parecendo um filme de terror.
O nosso prédio é uma amostra de quase toda a espécie que existe em Lisboa. De baixo pra cima: A viúva, a velhinha doente, o solteiro drogado, o casal boitatá, a bem sucedida e o casal de imigrantes brasileiros. Só falta o casal classe média com 3 filhos.
E há alguns dias, descobri que no primeiro andar funcionava um asilo! Vimos retirarem do apartamento (gigante por sinal) umas camas velhas e umas cadeiras de roda. D. madalena nos explicou o que se passava.
Comparando com o prédio de solteiros, tipo o seriado Melrose, que eu morava em Moema, esse aqui tá parecendo um filme de terror.
domingo, 1 de março de 2009
Uma porrada
Ontem fui assistir The Wrestler. O filme mexeu muito comigo. O paralelo entre a história real do Mickey Rourke com o personagem que ele interpreta é o que faz o filme ser tão tocante. Como o personagem, Mickey Rourke também parece ter feito qualquer coisa muito errada no curso da sua vida. Mas não só por isso o filme é especial. Acabamos nos imaginando velhos, pensando: "E agora, quem vai cuidar de mim?" Acho que o filme é sobre muita coisa importante, é sobre as pessoas que cativamos, é sobre solidão, velhice e principalmente fracasso. E apesar de não me identificar nada com um lutador de luta livre, todas as questões que ele vive nenhum de nós está livre, nunca.
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