quinta-feira, 31 de julho de 2008

Magalhães

O projeto é ótimo. Um computador produzido em Portugal, vendido a baixíssimo custo para estudantes. Ele será pessoal e terá conteúdo didático. É tudo ótimo. Mas o nome do bicho vai ser Magalhães. Sim, você leu bem.
É uma homenagem ao comandante português que fez a primeira circum-navegação do mundo. Ok, quer homenagear, tudo bem. Mas não acho que seja o momento.
Eles querem também exportar essa idéia. E quem além da Angola, o Brasil e mais uns 2, vão conseguir pronunciar esse nome? Fora os mal entendidos: "Filha, larga o Magalhães e vai pra cama!" "Mãe, o Magalhães deu pau, o que eu faço?" "Manhê, o Ricardo quer o Magalhães só pra ele"..é foda, o português cria uma coisa do caralho, e depois faz virar piada.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Espetáculo

Em determinadas épocas aparecem programações de espetáculos dentro de monumentos ou museus. Não é tão divulgado, então se bobear, passa e você nem fica sabendo. No ano passado perdi o festival Óperas nos Monumentos. Houveram apresentações no Castelo de São Jorge e até no Mosteiro dos Jerônimos. Mas esse ano estou ligada. Ontem fomos numa peça que contava a vida do padre Antonio Vieira. Foi dentro das ruínas do Carmo (foto de baixo). Eu, por acaso, gostei da peça, mesmo tendo 2 pessoas dormindo do meu lado. O Rafa e uma velhinha. Mas pro Rafa também valeu a pena: pagou o preço que é cobrado só pra entrar nas ruínas vazias e ainda de lambuja viu (por alguns instantes) o espetáculo. A foto de cima foi numa apresentação da orquestra dentro do Museu dos Coches. Acho a combinação perfeita: arte e história.

terça-feira, 29 de julho de 2008

naodesenhonada.blogspot.com

Tenho achado cada vez mais importante tirar as idéias do papel. Nem que seja pra ver que não funciona. Mas sempre fui muito indecisa, penso, penso e acabo não fazendo muita coisa. E essa idéia de um novo blog vem dessa fase de querer fazer. Nunca levei jeito pra desenhar, nunca fotografei muito, nunca cozinhei. E aqui comecei a arriscar fazer um pouco de tudo isso. Acho que é o tempo, a calma dos ares portugueses. Tenho tempo pra pensar aqui. Penso no caminho de casa pro trabalho, penso nos sábados de manhã, em várias noites que passo à toa olhando pra lua. E que lua! Acho que antes eu tava tão preocupada em correr, ganhar grana, que não tinha tempo pra mim. Dei espaço pro ócio criativo.

sábado, 26 de julho de 2008

Mudança de visual

Vejam em: leolisboa.blogspot.com

terça-feira, 22 de julho de 2008

Susto!

Pode ser feia, muuito feia, que a roupa cai bem. Acho que a idéia foi essa.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Ernest Hemingway

“É uma estupidez não ter esperança,” pensou. “Além disso, acho que é um pecado perder a esperança. Mas não devo pensar em pecados. Já tenho muitos problemas para começar a pensar em pecados. Para dizer a verdade também não compreendo bem o que são os pecados. Não os compreendo nem sei bem se acredito neles. Talvez fosse um pecado ter matado o peixe. Suponho que sim, embora a carne fosse para me conservar a vida e para alimentar muita gente. Mas então tudo é pecado. Não pense no pecado, meu velho. É demasiado tarde para isso e há pessoas cujo ofício é esse. Deixe que sejam eles a pensar nos pecados. Você nasceu para ser um pescador tal como o peixe nasceu para ser peixe."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Prédios

Não é preciso se esforçar muito para ver prédios caindo aos pedaços aqui em Lisboa. São muitos. E não é uma questão de zona boa ou zona ruim, pobre ou rica. Tem em todo lado. Aqui em frente de casa tem um. O cano já está para fora, as janelas mal fecham, mas todos os apartamentos estão ocupados. Fui descobrir o motivo disso. Os contratos de aluguéis antigos privilegiavam sempre o inquilino. Então, uma pessoa que há 5o anos atrás alugou um apartamento por alguns escudos, paga hoje uma merreca. O aluguel não acompanhou a inflação, a mudança de moeda, nada. E como, nestes contratos antigos, o inquilino só sai quando quer (ou no caso, quando morre) o dono do prédio larga a manutenção por falta de dinheiro. Aqui no meu prédio, onde eu pago 750 euros, uma senhora paga 47 euros. Ela está aqui no prédio há mais de 40 anos. Meu prédio tem 6 apartamentos e 2 estão nesse esquema. Mas alguns estão inteiros assim. É uma questão delicada. Dá para entender a lei que protege o inquilino. Hoje em dia, estes velhinhos nem conseguiriam pagar o preço de um aluguel "normal". Mas por outro lado, imagine ter um imóvel num lugar ótimo e não fazer nada de dinheiro com ele. Meio mórbido ter que esperar alguém morrer para finalmente poder lucrar alguma coisa.

domingo, 13 de julho de 2008

Vista

Este quadro está na parede da minha sala. E muda de cor todo dia.

Meu apartamento em SP tinha vista para a sala do meu vizinho. Quando me mudei e não tinha cortina, mal podia acender as luzes da sala à noite. Me sentia numa vitrine. A minha rua em Moema era estreita e o prédio da frente muito, muito perto. Mesmo assim, nós não ficamos amigos, meu vizinho da frente e eu. Quando eu saia na varanda e ele também, um dos dois entrava, porque parecíamos duas pessoas sem assunto, incomodadas um com a presença do outro. Conhecia o tamanho da televisão que ele tinha na sala, a cor do sofá, do tapete, mas nunca soube o nome dele. Será que ele se pergunta onde eu fui parar? Deve pensar que melhorei de vida. Que me mudei para um prédio com vista para a sala de um apartamento de 1 milhão. Ali na Vila Nova Conceição mesmo.

domingo, 6 de julho de 2008

Lugares preferidos - parte3

Seu Domingos é unanimidade. Se você gosta de frutos do mar, você gosta do Seu Domingos, um restaurante modesto na Aldeia do Meco. Na entrada, cada um pega o seu talher, prato e guardanapo, monta a sua própria mesa e vai no balcão "gritar" para o seu Domingos o que quer comer. E ele fica lá com a toalhinha no ombro passando para a cozinha os pedidos. Ele não pára para dar atenção a ninguém especificamente, ele quer que você fique gritando o que deseja. Quando as pessoas ficam tímidas, ele diz: "O cliente pode pedir que estou a ouvir" Ali, aprendi realmente a gostar de ameijoas e mexilhão. São os melhores que já provei. Ir para a praia do Meco é um programa que TEM que acabar no seu Domingos. As vezes até atrapalha a praia, tamanha ansiedade que eu tenho de ir logo pra lá. É feio, mas admito, prefiro comer lá que tomar sol.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Minha mais recente descoberta

Estou agora postando isso tomando um licorzinho de merda aqui na agência...hummmm..acreditem: é uma delícia!
Vou até fazer um merchandising no meu blog: entre na página deles.

http://licordemerda.no.comunidades.net/

A parte curiosa é que este licor foi criado aqui em Portugal em 1974. O nome foi uma homenagem a algumas autoridades que governavam o país na época.
No Brasil, essa idéia iria cair como uma luva. Cheers!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Na pacata cidadezinha de Zambujeira...

Todas as vezes que estive no Alentejo vi essa mesma cena. Eu acho a coisa mais fofa. Ainda mais porque agora me faz lembrar o filme que vi há uns dias atrás: “O Segredo de um Cuscuz” (La Graine et le Mulet). Tem uma cena, bem comprida, onde mostra vários velhinhos na maior fofoca. Eles estão sentados numa mesa na calçada comentando sem dó da vida de todo mundo. Como diria um amigo meu: “Tudo pernaco” Amo.