terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lojinha

Tô apaixonada. Abriu uma loja muito fofa aqui perto de casa. Sabe aquela lojinha que você entra e vê que é o sonho de alguém realizado. Aparentemente o target são as crianças, mas é de fazer qualquer um que goste de desenho passar mal. Eu passei! A loja é de uma arquiteta, que morou uns anos no Japão e voltou pra abrir um negócio de brinquedos educativos. O espaço é lindo, com uma vitrola antiga, com cada detalhe pensado. Está cheio de origamis (o Rafa que dobrou o da foto) e livros educativos. Um livro que adorei é o que está aí em cima. Ele é todo impresso em acetato, uns 40 acetatos, cada um com uma ilustração. E a idéia é ir montando uma história conforme a ordem que você inventar para os acetatos. É de morrer de lindo. Perfeito para estimular a mente de crianças como eu.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O monstro que há dentro de mim

Não sei o que tem acontecido comigo desse lado do oceano. Talvez seja a aproximação dos meus 30 anos. Juro que não sei o que aconteceu, mas ando me transformando nesse monstro aí de cima alguns dias por mês. E o problema de ficar de tpm aqui, é que, ao invés de culpar os hormônios pelo mau humor, eu culpo Portugal. Sim, porque de repente aparecem todos os motivos para querer fazer a mala e ir embora. São as pedras das calçadas que me fazem tropeçar e virar o pé várias vezes por dia, são as tascas que só tem o mesmo cardápio, é a cachorra da agência que não pára de latir, é o elevador do meu prédio que vive dando tranco. Nesses dias, todas essas coisas estúpidas são capazes de me fazer chorar. Mas tem uma coisa que ainda não descobri se é da tpm ou não. Assistir o Jornal Nacional tem me deixado muito emotiva. Ontem mesmo segurei pra não chorar na frente do Rafa. É ridículo. Nem precisa ser uma notícia de violência. Basta ser sobre uma fraude numa ONG qualquer, que aliás foi a notícia de ontem. Isso já é suficiente para algumas lágrimas escorrerem. O que tá acontecendo comigo? A Flá, minha amiga, sempre me alertou sobre os 30. Mas peraí, achei que eu fosse virar qualquer coisa, uma louca, uma depravada, uma intelectual, sei lá. Mas uma chorona? Que lama.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mais bebedeira

Essas fotos foram das herdades mais "comerciais". A primeira foi na herdade do Esporão onde fizemos a prova de vinhos monocasta. Provamos touriga nacional, alicante bouchet, aragonês, trincadeira, sirah e mais uma que não lembro agora. Esse é o melhor jeito para descobrir qual é o seu tipo de vinho.
E a máquina do lado foi a salvação para uma prova de vinho bem mixuruca na José Maria da Fonseca. Funciona assim: você compra um cartão, põe crédito, insere na máquina e vai enchendo quantas taças o crédito permitir. Tem dos vinhos mais baratos aos mais caros. Provamos vários até o cartão acabar. Bebemos até a última gota de euro!

domingo, 14 de setembro de 2008

Época certa

Sem saber, acabamos indo visitar as herdades na época de vindima. Que é a época da colheita das uvas. Foi ótimo porque conseguimos ver todo o processo de produção que estava acontecendo. Os baldes das colheitas, a separação das uvas boas e a passagem para os tonéis de fermentação. Mas o melhor foi poder colher cada tipo de uva no pé e perceber a cor, formato e gosto diferente. A da foto de baixo é uma Alicante Bouchet. E ela já é vermelha dentro, parece até que já escorre vinho.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Rota dos vinhos

O que me fez gostar mais de uma herdade do que da outra foi o toque familiar. Quando chegávamos num lugar e não éramos recebidas por uma mulher uniformizada, já sabíamos que ia ser legal. Pois os grandes produtores já fizeram do enoturismo um negócio chato. Por exemplo, nos grandes, você só pode provar 2 tipos de vinhos. E eles são sempre os rótulos mais baratos da casa. Ou seja, aqueles que você está careca de conhecer nas tascas e supermercados. Provar um reserva, nem pensar. A monitora uniformizada fala como uma gravação e é tudo muito impessoal. Já nas herdades menores, acontece o contrário. Lá se tem uma verdadeira aula de vinhos, sem hora para acabar. As melhores garrrafas são abertas sem dó. E sempre tem visita pela propriedade com jipes e com paradas nas videiras para provar cada uva. Muitos desses passeios nem são cobrados.
Foi importante para conhecer os grandes, mas numa próxima viagem (que será no Douro) já sei onde ir e o que evitar.
A foto acima foi feita na herdade que eu mais gostei. A Herdade dos Coelheiros. Aliás, a do melhor vinho na minha modesta opinião. E essas taças todas contém vários aromas para se treinar o olfato. Coisa fina.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nosso "Sideways"

Com quem mais eu poderia fazer uma rota dos vinhos? Há 8 anos atrás, quando vim pela primeira vez para Portugal, não gostava e nem entendia nada de vinho. E a minha companheira de viagem, Alice, já era uma viciada. E quando, 30 dias depois voltamos ao Brasil eu já era um caso perdido. Com o tempo, gosto mais e mais de vinho. Então, fazer a rota dos vinhos com a minha "mestre" só poderia ser perfeito!
Eu não tinha mais que 3 dias de férias, então escolhemos o Alentejo por ser mais perto e fomos em 2 visitas com provas de vinhos por dia.
Nos próximos posts vou contando detalhes..é muita coisa. Foi como fazer um intensivão de vinhos. Já tô até achando que posso balançar a taça num restaurante, cheirar, provar, olhar pro garçom e dizer "pode servir" sem estar fazendo cena.
E se vinho faz bem, vinho demais, talvez não faça. Cheguei de viagem e estou de cama. E enquanto escrevo isso, Alice está aqui na minha frente bebendo mais uma tacinha. Mestre é mestre.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Tosca

Fomos assistir a ópera "Tosca". Além do espetáculo, o local era especial: à céu aberto nas muralhas de Óbidos. Um amigo do trabalho me alertou sobre o frio que poderia fazer. A apresentação iria até às 2 da madrugada. Então, o Rafa pegou uma blusa de lã e eu peguei um casaco bem grosso. Assim que chegamos no local, vimos algumas pessoas vestidas para temperaturas negativas. Nós achamos ridículo, afinal era um festival de ópera no verão. Mas aí começou a ventar. Muito. Entendemos o porque de uma banquinha vendendo "cobertor" na entrada. Tinha fila no lugar e o preço do cobertor inflacionou para o mesmo preço do espetáculo! Nós não resistimos e fomos lá correndo buscar o nosso cobertorzinho, que diga-se de passagem, não foi suficiente. Durante o intervalo dos 3 atos, todos corriam para tomar ginginha e se esquentar. A ópera era bem dramática. Daquelas que se assiste o tempo todo com uma cara de sofrimento. Mas em especial, nesse dia, acho que as pessoas estavam com essa cara não por causa de Tosca.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Acordar

Eu sempre amei tomar café-da-manhã com calma. Simplesmente não suporto a idéia de acordar, tomar banho voando e ir pro trabalho de estômago vazio. Prefiro ter menos horas de sono, levantar mais cedo e ficar no mínimo meia hora saboreando a melhor refeição do dia. Meu namorado acha um absurdo a fome que eu tenho de manhã. Mas minha mãe sabia como tirar proveito disso. Em épocas que eu era mais preguiçosa, ela colocava um pãozinho na chapa, fazia café e assim que o cheiro chegava no meu quarto, eu descia rapidinho. Meu olho mal tinha aberto, mas meu estômago acordava na hora. E agora que não tenho mais o “despertador” da minha mãe, levanto todos os dias com um coração de café à minha espera. Não dá mesmo pra acordar de mau humor!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Uns vão, outros vem

Potato foi embora domingo, Alice chegou na segunda. E não tem foto melhor para definir cada um. Potato, o estiloso. Alice e a(s) sua(s) taça(s) de vinho inseparável!!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O melhor bacalhau?

Todo mundo que vem nos visitar pergunta: "Onde posso comer o melhor bacalhau?". Segue a partir daí um silêncio tenso. Nós (e isso inclui a Mô, a Lu, algumas pessoas que trabalham comigo e inclusive meu redator português) não sabemos onde tem o melhor bacalhau. Principalmente se for aquele tradicional, numa tasca portuguesa. Todas as vezes que fiz essa pergunta a um português ouvi: "Na minha casa tem o melhor bacalhau". Ou seja, essa é uma pergunta difícil. E se levar em conta que quem vem nos visitar já comeu pelo menos uma vez no Espírito Santo em São paulo, aí a coisa fica mais difícil ainda. Lá eu comi o melhor bacalhau da vida. E não esbarrei em um assim por aqui. Mas se falarmos de um bacalhau mais inventado, tipo carpaccio de bacalhau, mil folhas de bacalhau, aí sim, posso pensar em alguns lugares por aqui. Mas isso não quer dizer que as tentativas não ocorram. Quando vem alguém, sempre tentamos um lugar novo. Com a minha tia fomos numa tasca, com a Pati em outra, com o Batata em outra ainda e assim vai. Até a melhor tasca daqui não me convenceu. Mas não desisto. Espero que antes de ir embora aconteça umas das 2 coisas: que eu encontre o tal bacalhau ou que o Espírito Santo abra uma filial aqui.