Ontem foi o Dia dos Pais aqui e domimgo é Páscoa. Mas se ninguém me diz, passo por estas datas sem nem me dar conta. E isso não é porque meu pai não está aqui ou porque não comprei ovos para ninguém. É porque não tem as Lojas Americanas com um túnel de ovos de chocolate. Não tem mil e uma promoções de celular no Dia dos Pais, nem nada que fique me lembrado a cada 2 minutos que preciso comprar presentes. No dia 1º de junho do ano passado, fui dar uma volta na hora do almoço e vi um cara com uma perna de pau gigante passeando pelas ruas. Perguntei para alguém o que o cara estava fazendo no meio do Chiado e tive a resposta: Hoje é Dia das Crianças!! Acho incrível descobrir as datas especiais no exato dia delas. E isso é mais incrível ainda quando se trata de alguém que trabalha numa agência de publicidade. Eu não recebi nenhum briefing pedindo para vender coisa alguma para pai nenhum, para criança nenhuma, nada. E não devo ter sido a única publicitária, pois vi uma ou outra coisa pela rua. Uma ou outra vitrine. E como todo publicitário, que no fundo, pensa mais como consumidor, acho fantástico. Quero ser menos bombardeada com publicidade. Quero consumir menos. Quero menos poluição visual. Só não posso fazer disso uma máxima, porque senão o meu salário no fim do mês não vem.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Um dia como outro qualquer
Ontem foi o Dia dos Pais aqui e domimgo é Páscoa. Mas se ninguém me diz, passo por estas datas sem nem me dar conta. E isso não é porque meu pai não está aqui ou porque não comprei ovos para ninguém. É porque não tem as Lojas Americanas com um túnel de ovos de chocolate. Não tem mil e uma promoções de celular no Dia dos Pais, nem nada que fique me lembrado a cada 2 minutos que preciso comprar presentes. No dia 1º de junho do ano passado, fui dar uma volta na hora do almoço e vi um cara com uma perna de pau gigante passeando pelas ruas. Perguntei para alguém o que o cara estava fazendo no meio do Chiado e tive a resposta: Hoje é Dia das Crianças!! Acho incrível descobrir as datas especiais no exato dia delas. E isso é mais incrível ainda quando se trata de alguém que trabalha numa agência de publicidade. Eu não recebi nenhum briefing pedindo para vender coisa alguma para pai nenhum, para criança nenhuma, nada. E não devo ter sido a única publicitária, pois vi uma ou outra coisa pela rua. Uma ou outra vitrine. E como todo publicitário, que no fundo, pensa mais como consumidor, acho fantástico. Quero ser menos bombardeada com publicidade. Quero consumir menos. Quero menos poluição visual. Só não posso fazer disso uma máxima, porque senão o meu salário no fim do mês não vem.
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5 comentários:
Boa.
Isso me faz lembrar de 3 coisas: o quanto cansada a gente já estava do Natal quando ele chegava, porque a campanha tava rolando desde maio.
O ódio que eu tinha de criar anúncios de oportunidade para o Dia Internacional da Mulher.
E a pressão do dir de criação dizendo: falta 1 mês para o aniv. de São Paulo e NIN-GUEM me apresentou um anúncio para os nossos clientes. E lá íamos nós, tristes e carecas de saber que boa coisa não ia sair dali. É uma delícia não sentir saudade. Mas... fazer o que?
Concordo. Concordo muito. Concordo total. Quem não concorda? Então por que tanta poluição e tanta gente dizendo: compre compre compre?
Essa pressão faz as pessoas terem aversão a dias que deveriam ser gostosos, comemorados do jeitnho de cada um... Presente tem que ser bom de ganhar e de dar!
Viajou no feriado?
Nossa que bom que é isso né?
Isso é bom mesmo. A coisa do lado de cá tá cada vez pior. Não falta "criatividade" para impor o famoso "tenho que comprar".
Na verdade somos tão marteladas com anúncios e lembretes, que sentimos que temos obrigações de comprar mesmo, não queremos ser mãos de vacas, né? E acabamos comprando porque acreditamos nissso. Chega o bendito dia de qualquer coisa, e vamos comemorar, trocar presentes, almoçar fora, ou seja lá o que for. Mas nem nos lembramos o porque. A essência é totalmente esquecida, ignorada.
Este ano na páscoa tinha uma quantidade e variedade tão grande de chocolates nos supermercados que chegava a assustar. Lindo, colorido, tamanhos, formas, super atrativos. Agora você nem imagina a quantidade de coelinhos que estavam a venda. Coelhinho de pé, comendo cenoura, namorando, com filhotes, com coração.......haja imaginação.
Andando por entre ovos, cenouras e coelhos, outro dia no shopping, pensei: as lojas de roupas se ferram nesta época, porque não tem nenhuma relação com a páscoa. Bela ignorância a minha. Olhei pra uma loja feminina charmosinha, ví ovos e coelhos na decoração, lindos brilhantes, caros, e um simpático anúncio: na compra de x valor ganhe esta linda peça.
A peça: Uma micro calcinha com rabinho de coelho. E aí ninguém usa a imaginação?
Bobinhos.
Beijos Lú, saudades
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